Como desenvolver o mindset inovador nas empresas
É possível inovar com um mindset que carrega medo do futuro e segurança em relação ao passado?
Para responder a essa pergunta, o Whow! falou com Chico Adelano, head de design e inovação da Echos, um laboratório global de inovação com sede em São Paulo e escritórios no Rio de Janeiro, Lisboa (Portugal) e Sydney (Austrália).
Confronto com o medo
Para ele, a dupla medo do futuro e segurança do passado é parte responsável pela grande ansiedade que ronda os projetos de inovação. “Quando se fala de grandes corporações, coletivos ou organizações sociais é preciso entender que eles tiveram muita relevância na construção do que a gente tem hoje”. Por isso, antes de tudo, é preciso respeitar quem veio antes, quem tem história e tradição.
Ainda assim, essas grandes organizações precisam da inovação. “Para continuarem vivas”, diz Chico.
“A inovação é inevitável, não é um assunto de hoje e não deveria gerar medo, porque não é necessário abandonar as coisas do passado. É também refletir sobre o que do passado tem valor e faz parte da nossa identidade. Pessoas mudam, sistemas mudam, a tecnologia muda e algumas coisas vão perdendo sentido”
Chico Adelano, head de design e inovação da Echos
A inovação é, segundo o especialista, um processo de abandonar o que não faz mais sentido e abrir espaço para que novos significados para o futuro se revelem.
Não é algo simples.
Foto (Shutterstock)
Mindset de experimentação
“É difícil, porque quando a gente fala desse desconforto, desse medo do futuro, a gente fala em risco do negócio. Não existe inovação sem risco. Por isso que precisamos aprender a mitigar os riscos dos projetos de inovação, por isso a importância do mindset de experimentação”, completa o executivo.
Esse medo é trazido pelo risco e também pelo apego às construções. “Formamos a identidade pelo que a gente faz. Então, às vezes, a identidade do negócio está ameaçada por deixar de ser quem é”, diz Chico.
Ele afirma ainda que é preciso trabalhar esse tema na camada individual, e aí se usam metodologias de design thinking, que trabalham com questões ligadas à identidade de significados e são importantes para ajudar nesse processo.
“Administrar o risco e separar o apego da necessidade do negócio são caminhos para garantir a manutenção da identidade e deixar a perspectiva de futuro mais segura e desejável”, descreve.
Como é um ambiente inovador
Dois fatores são importantes: concepção de espaço e relações entre as pessoas. “Acreditamos em uma fusão entre cultura, processos e espaços. As pessoas estão dentro dessa cultura e, para que a colaboração entre elas exista, é que temos os processos. Para que os processos rodem de forma fluida e eficiente, a gente provê espaço. Tudo isso está relacionado”, explica o executivo.
Ele comenta que há muitos escritórios mudando, adotando espaços abertos, iluminação natural, mobiliário colorido, transparência através de vidros, salas para cocriação, porém não é o suficiente. “Tudo isso tem uma base de sentido, mas pode ser muito superficial se as pessoas não tiverem a cultura e a relação. Então tem que focar na qualidade da relação entre as pessoas.”
Foto ilustrativa (Shutterstock)
Como se desenvolve este mindset?
É preciso entender que as pessoas têm características diferentes. “Criou-se um estereótipo que o inovador tem que falar muito, se comunicar, se expor, fazer rápido, mas isso é uma personalidade, e a criatividade é um dom que se manifesta em diferentes personalidades.”
Chico cita o exemplo dos profissionais de TI, que normalmente precisam de mais isolamento, concentração e foco.
“Podem ser pessoas introspectivas e isso não elimina o potencial criativo delas. Só é preciso saber criar os contextos para todas as personalidades se encontrarem e colaborarem. É um trabalho difícil, mas é possível, usando ferramentas de design thinking e de change management, abordagens do mindset digital e design de facilitação com base em aprendizado.”
Ele lembra que as relações de trabalho também são experiências e que elas geram conhecimento.
“Não é sobre criar uma situação, mas gerar o contexto para as pessoas se sentirem encorajadas para se abrir para o novo, para experimentar, exercitar com isso e aprender rápido.”
Chico Adelano, head de design e inovação da Echos
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Autor: Adriana Fonseca, para Whow, em 20/02/2020.
Imagens: Reprodução/Divulgação.