Project Model Canvas: Início, meio e fim!
Apresentada como uma metodologia diferenciada de gerenciamento de projetos, o Project Model Canvas não demanda o tempo e o esforço necessários para preencher diversos documentos e a burocracia tão comum quando o assunto é gestão empresarial de um modo geral. O modelo tem como característica o foco naquilo que é essencial, a dita “alma do projeto”, habilitando ainda que todos os stakeholders tenham uma participação ativa na concepção do planejamento.
Neste contexto, a estratégia é ideal para empreendimentos que desejam otimizar seus métodos de planificação, mas que ao mesmo tempo têm um forte viés inovador, negócios altamente dinâmicos e muitos projetos simultâneos em andamento. Para estes ambientes nos quais soluções rigidamente delimitadas não se aplicam (e nem um engessamento de métodos), o Project Model Canvas se insere como uma excelente e enriquecedora alternativa.
O Project Model Canvas é uma adaptação do Business Model Generation, proposto por Alex Osterwalder, para ilustrar Modelos de Negócios.
Quer saber mais sobre este modelo inovador, seu funcionamento e suas vantagens para a gestão de projetos? Acompanhe o nosso post!
Pensar e planejar visualmente é mais fácil: no que consiste o Project Model Canvas?
Como já dissemos, o Project Model Canvas é apresentado como uma metodologia inovadora para gerenciamento de projetos, priorizando a compreensão do ambiente e das suas necessidades para uma melhor administração do processo. Mas afinal, você pode estar se perguntando, qual é o diferencial do método e no que ele consiste?
Idealizado por um dos principais nomes do gerenciamento no Brasil, José Finocchio Jr., o método requer uma única folha para ser colocado em prática – e revolucionar de vez a estrutura tradicional da área de projetos. A mecânica do processo é bastante simplificada: é necessário nada mais que uma folha em formato A1 e alguns blocos de post-it. A partir daí, a meta é realizar um brainstorming com os membros da equipe e também o cliente, tudo sob a coordenação do gerente responsável. Desta forma, a ideia central é formar uma visão conjunta do projeto, estabelecendo suas fases, seu custo, seus objetivos e benefícios.
Assim, oferecer uma ferramenta para organizar ideias, clarificar metas e etapas e tornar todo o processo mais compreensível para as partes envolvidas é a finalidade principal. No entanto, apesar do tom descontraído e simplificado da metodologia, elementos típicos da gestão de projetos também estão presentes no processo: estes aspectos vêm à tona quando as informações reunidas começam a se integrar em blocos específicos. Deste modo, fatores comuns aos sistemas tradicionais de gerenciamento de projetos, tais como stakeholders, premissas, custos e cronogramas são itens que marcam presença na folha e são considerados pela Canvas.
O objetivo do método, em suma, é promover um processamento do projeto muito mais intuitivo e veloz, acompanhando as tendências mundiais recentes que atestam que o aspecto visual tem grande força para os sistemas de planejamento. Segundo Finocchio, planos são modelos mentais – muitas vezes, um único gráfico ou uma tabela podem substituir inúmeras páginas de arguição em texto. Interessante, não?
Como funciona e quem pode participar do processo?
Para traçarmos um panorama do funcionamento do método e seus potenciais participantes, podemos dizer que a equipe envolvida, o cliente que receberá o produto e o patrocinador, se assim o desejar, são as figuras de maior relevância para fazer parte do processo. Mas é o cliente que, sobretudo, se destaca como parte essencial para integrar os esforços conjuntos. O importante, segundo Finocchio, é mesclar no processo as pessoas que têm muito conhecimento com aquelas que têm pouco (os membros com pouca bagagem podem trazer desafios para a empreitada, enquanto os que entendem mais do processo contribuem com sua experiência).
Basicamente, a Canvas consiste em um plano formulado em uma única página, compondo-se de um espaço para um pitch (uma frase curta e de impacto, que seja capaz de definir o projeto) e de uma divisão em blocos para segmentar os vários elementos que fazem parte da elaboração de qualquer projeto. Este conteúdo, como enfatizamos, deve ser impresso em uma página suficientemente grande – tamanho A1 – para que os stakeholders possam deixar suas contribuições ao redor deste espaço em blocos de post-its, relacionando as definições do processo. Cada contribuição, assim, deve caber em um post-it (que pode ser reposicionado, colado e descartado de acordo com o andamento da sessão).
Desta forma, o modelo é bastante intuitivo, apresentando uma nomenclatura descomplicada e também autoexplicativa, baseada em seis questões principais: o quê, por quê, quando, quem, como e quanto. A partir daí, a Canvas se configura como um método eficaz para resolver, conceber e ter uma boa visão do seu projeto, constituindo-se inclusive um ponto de partida para outros tipos de plataforma, tais como planilhas e cronogramas diversos.
Autor: Hayala Curto