Seoullo 7017, o Jardim suspenso de Seul
O renomeado escritório holandês MVRDV, venceu o concurso para esta área em 2015. O objetivo era tornar a estrutura de aço e concreto, em um enorme jardim com espécies coreanas.
Os arquitetos se basearam na conectividade dos habitantes com a natureza, e ofereceu a oportunidade de aproveitar a vista da Estação de Seul e Namdaemun Gate.
Com intuito de tornar a cidade cada vez mais verde, Seul já passou por grandes obras, como a restauração sustentável do rio que corta a cidade. Na intervenção foi realizado um plano viário para a demolição de vias, que antes canalizavam o rio.
Com 983 metros de extensão, a via construída na década de 70, reúne no total de 24 mil plantas divididas em 228 espécies e subespécies locais. Árvores, arbustos e flores, são distribuídos em 645 vasos de diferentes tamanhos e alturas.
Novas pontes e escadas conectam o jardim suspenso com hotéis, lojas e jardins, facilitando o acesso dos pedestres.
A prefeitura junto com ONGs locais, equipes de paisagismo e conselheiros da cidade, se comprometem a acomodar a diversidade da flora em uma condição estritamente urbana.
O parque recebeu o nome de Seoullo 7017, que significa “Rua de Seul”, e mostra a importância que pretende dar ao local. Uma rua 100% para pedestres.
Os números 7017 marcam o ano de construção de 1970, e sua nova função como jardim suspenso em 2017. Antigas vias férreas ao redor do mundo, foram revitalizadas e aproveitadas para um parque ou um jardim suspenso.
Transformar um local que deixou de ser útil em um espaço de lazer, é uma maneira sustentável de revitalização urbana. Dois bons exemplos são os parques suspensos High Line em Nova Iorque e o Promenade Plantée em Paris. Em Barcelona, a Rambla de Sants passou por uma revitalização urbana. Em uma área onde as vias férreas continuam sendo utilizadas por metrôs e trens, foi criado um parque suspenso sobre essas vias.
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Autor: Cristiane Nunes, para SustentArqui, em 25/07/2017.
Fonte e Imagens: MVRDV.